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CASA DE PAI OGUM 
Calendário Festividades 2025




 

festa de Oxossi​​

JANEIRO

Okê Arô!

Comida comunitáriaPai William
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Oxóssi é o espírito que transborda a conexão com a natureza, revelando a magia que existe em cada canto da floresta. Ele não é apenas o Orixá da caça, da fartura e do conhecimento, mas também o protetor silencioso daqueles que vivem em sintonia com os ritmos da terra.

Com sua flecha, certeira e precisa, simboliza a missão de cuidar e alimentar o coletivo, de trazer sustento mesmo nos momentos difíceis.

Celebrá-lo é ato de amor e de gratidão, um pedido para que a comunidade se mantenha unida e próspera. É reconhecer que, assim como as matas regeneram a vida, nossa força interior também se renova na comunhão com a natureza e com os outros.

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Oferendas internas

Frutas frescas e Axoxô com dendê (feijão-fradinho cozido com carne-seca desfiada, tomate, cebola, temperos e dendê).

Ajeum

Arroz temperado com frango (símbolo da caça e da partilha do alimento).​​

festa de Pomba Gira​​

MARÇO

Laroyê!

​Pombagira, senhora das encruzilhadas, é dona da própria travessia. Cultuá-la em nossa Casa é afirmar que o feminino é força ancestral. Presença concreta nos corpos e nos espíritos de mulheres negras, travestis, mulheres trans, prostitutas, matriarcas, bruxas e feiticeiras que ocupam, com legitimidade e potência, o centro do terreiro.

Reverenciar Pombagira, para nós, é um gesto de restituição de vozes e de memórias. É produzir cura coletiva a partir do que a história tentou calar, mas que segue vivo. É seguir alertando e protegendo nossas meninas e mulheres da opressão do patriarcado. 

Oferendas internas

Padê: farinha de mandioca com dendê, pimentas (malagueta e dedo de moça), mel, morangos e maçãs.

Galinha e miúdos de galinha.

Espumante ou marafo.

Ajeum

Farofa e arroz. ​​

ABRIL

Ogunhê, meu Pai!

Ogum, o dono da nossa Casa. Orixá do ferro, da forja, da tecnologia e da transformação. Senhor da luta justa, Ogum é o guerreiro que abre caminhos e sustenta o princípio do movimento e da ordem. É ele quem firma o chão sob nossos pés, quem assegura que cada passo seja guiado com firmeza, ética e retidão. Guardião dos portais e defensor dos justos, Ogum é também o guia silencioso que orienta os trabalhos espirituais e zela pelo equilíbrio da nossa comunidade.
Seu axé é força persistente e inabalável.

 

Cultuar Ogum em nossa Casa é reconhecer a nobreza do trabalho de quem constrói com as próprias mãos, de quem se ergue mesmo diante do cansaço, de quem transforma o mundo com esforço e honra. Ogum é nossa base e fundamento!​

Oferendas internas
Paliteiro de Ogum: inhame, mariô (palha de dendezeiro), azeite de dendê e moedas correntes  - representação simbólica do caminho e da proteção;

Feijoada (com bastante carne) e cerveja - representação da firmeza, coragem e virilidade do orixá guerreiro.

Ajeum

Feijoada, arroz, couve picada e laranja em rodelas. 

festa de Xangô

JUNHO

Kaô Kabecilê Xangô!

Cultuar Xangô, em nossa comunidade, é lembrar que justiça acontece no cotidiano das relações. Ela não é distante nem impessoal, mas está na palavra honrada, na medida justa de cada escolha. Xangô, rei entre os orixás, nos ensina que força não é imposição, mas equilíbrio.
Reverenciar Xangô, aqui, é transformar a justiça em prática coletiva, a partir da escuta e coragem. É seguir aprendendo a decidir sem rigidez e a manter a dignidade mesmo quando o mundo parece desabar em injustiça. É, sobretudo, sustentar a esperança de que justiça e amor são caminhos que se entrelaçam.​

Oferendas internas

Amalá: quiabo, camarão seco, cebola, azeite de dendê e farinha de milho - alimento que evoca a realeza e a força ancestral.
Rabada: rabo de boi, quiabo e cebola - preparo que reafirma Xangô como orixá do movimento e da terra.
Cerveja - símbolo de celebração e partilha.

Ajeum

Frango com quiabo e arroz - simboliza fartura e firmeza.

festa do Mestre Sibamba

JULHO

Salve o Mestre!

Mestre Sibamba é encantado da Jurema Sagrada e um dos guias chefes da nossa comunidade. Filho da Cidade do Acaés (cidade encantada onde habitam mestres, caboclos, índios e outros encantados) ele carrega em si a força dos ancestrais. Quando se apresenta, é sempre com sua reza para Santa Terezinha, a quem dedica sua fé com devoção. É por ela que ele começa, e ali já sabemos que o trabalho vem sério.
Na nossa vivência com a Jurema, Mestre Sibamba é presença que protege, que cura e que mostra o caminho sem rodeios. Com ele, aprendemos que espiritualidade é compromisso e é reconhecer que a Jurema é raiz e caminho. 

Oferendas internas

Miúdos de frango - elementos de firmeza e iniciação espiritual.
Carne cozida - energia da terra e do sangue, fortalecendo o corpo espiritual.
Vinho e Jurema sagrada - plantas de poder que ativam os encantamentos e os saberes juremeiros.

Ajeum

Carne cozida e arroz

festa de Obaluaê

AGOSTO

Atotô Obaluaê!

Na nossa comunidade, cultuar Obaluaê é reconhecer que a cura não vem só do alívio da dor, mas do enfrentamento honesto dos ciclos da vida (da doença, do luto e da finitude). É ele quem acolhe os corpos marcados, quem caminha com os que sofrem em silêncio e transforma ferida em aprendizado. 
Obaluaê nos ensina que a cura verdadeira é coletiva, que começa com o respeito às memórias, às dores e aos tempos de cada um. Seu axé firma o chão da humildade, onde a vida e a morte não são opostos, mas caminhos entrelaçados.

Oferendas internas

Pipoca - milho estourado em areia branca de praia, símbolo da transmutação e da renovação da vida.
Mandioca cozida - raiz de sustentação, fartura e firmeza.
Ewa Dudu: feijão preto com azeite de dendê - alimento denso que firma o axé da saúde e da resistência.

Ajeum

Caldo de mandioca

festa dos Erês

SETEMBRO

Salve Ibejada!

Na nossa comunidade, cultuar os Erês é reconhecer que a espiritualidade também vive na alegria, na leveza e na sinceridade sem máscaras. Eles chegam como crianças, mas são espíritos de luz que carregam a sabedoria dos antigos e ensinam aquilo que muitas vezes os adultos desaprenderam: a confiança, o perdão, o riso como cura, o amor sem cobrança.
Os Erês desarmam as durezas da alma, tocam onde dói com delicadeza e dizem verdades com doçura. São eles que limpam os caminhos com cantigas, brinquedos e doces. No terreiro, sua presença é renovação de fé: em nós mesmos, no coletivo e na espiritualidade. 
Cultuar os Erês, aqui, é um gesto de escuta afetiva e reconexão com a criança que fomos e que ainda nos habita. É permitir que o sagrado também brinque, dance e sorria dentro de nós.​
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Oferendas internas

Doces diversos (docinhos, balas, pirulitos, pipoca doce) - simboliza a doçura como elo entre o corpo e o encantamento.
Frutas, sucos, refrigerantes - simboliza a leveza, alegria e celebração da infância sagrada.

Ajeum

Cachorro-quente, bolo, pipoca e refrigerante

festa das Yabás

NOVEMBRO

Salve as Yabás!

Em cada canto da nossa Casa, as Yabás se fazem presença (nas folhas, nas águas, no cuidado, na firmeza). Cultuar as Yabás na Umbanda é reconhecer que o sagrado também pulsa no feminino que gera, sustenta, transforma e enfrenta. Iemanjá, Oxum, Iansã, Obá e Nanã: cada uma carrega uma força específica, ligada aos elementos da natureza e aos caminhos da vida.

Elas nos ensinam que sensibilidade é potência, que o afeto é força estruturante, e que a espiritualidade também se constrói no cotidiano das mulheres. Reverenciar nossas Yabás é fortalecer vínculos, afirmar a memória ancestral feminina e respeitar os ciclos que movem corpo, tempo e terreiro.​​​

Ora Yê Yê Ô, mamãe Oxum!

Odoyá, minha mãe Iemanjá!

Epahei Oyá!

Obá Xirê!

Saluba Nanã!

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Oferendas internas

Oxum: Omolocum (feijão fradinho, camarão, dendê, ovos); Melão - simboliza doçura, fertilidade e realeza.
Yemanjá: Manjar branco, coco - simboliza acolhimento, frescor e ancestralidade.
Iansã e Obá: Acarajé - alimento quente, vigoroso, símbolo do vento e do fogo feminino.
Nanã: Pirão, ameixa - simboliza saber ancestral, tempo longo, húmus do mundo.

Ajeum

Arroz temperado

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